Ontem recebi e tive o prazer (ou desprazer, pelos dados alarmantes), de ler a edição 2171 da Revista Veja que deve ir às bancas nos próximos dias. A chamada da capa é clara: A Síndrome do Fofão, o título da reportagem (conforme acima) ainda mais. Seguindo a pergunta clara e destacada na página a resposta: "serão provavelmente obesas. Pesquisas mostram que, aos 10 anos de idade, crianças acima do peso têm 80% de probabilidade de virar um adulto em eterna luta contra a balança." Como eu, no meu papel de profisisonal de saúde poderia deixar essa informação passar? Seria impossível e até mesmo negligente da minha parte. Sugiro para que pais ou futuros pais abram seus olhos, segurem de forma firme seus pulsos e se possível denham uma lida nesta reportagem que contam com informações importantes, relevantes e vindas de pesquisas e profissionais com bastante credibilidade no ramo, mas de qualquer forma, aqui coloco as informações que mais me chamaram atenção ou que julgo serem de grande importância para você que está lendo.
As crianças muitas vezes vistas como fofas, do ponto de vista médico, poderiam ser classificadas como crianças com excesso de peso, cuja saúde está em risco e que apresentam probabilidade bastante aumentada de se tornarem um adulto obeso. Esse risco aumenta em cada gesto de indulgência dos pais, que em última instância são os responsáveis por aquilo que as crianças irão comer.
Os estudos têm mostrado que as crianças brasileiras têm consumido muito mais calorias ao longo do dia do que deveriam o que representa que na faixa dos 2 aos 5 anos de idade, 22% apresenta sobrepeso e 6% já podem ser consideradas obesas, resumindo, 28% das crianças até 5 anos, estão pesando mais do que seria saudável. Os Estados Unidos que tantas vezes foi mal falado por nós, e teoricamente o país mais gordo do mundo,apresenta valores inferiores de crianças obesas quando comparado ao Brasil e daí me faço a pergunta: aonde queremos chegar??
A cada 100 meninos e meninas que apresentam obesidade aos 2 anos, 15 convevirão com o problema para o resto da vida. Entre as crianças que chegarem aos 10 anos obesas, 80% manterá este padrão pela vida adulta. Hoje em dia, não podemos mais contar com a sorte e esperar que " quando ele crescer, ele emagrece", nem acreditar que a "criança para estar saúdavel tem que estar gordinha". E porque desacreditar nisso? Crianças que cresceram em meio a frituras, sanduíches gordurosos e pacotes de bolacha recheada resistirá muito em se adaptar a uma alimentação saudável no futuro. Além de hábitos alimentares ruinse difíceis de serem superados existem fatores de ordem metabólica difíceis de serem revertidos.
Pode, nesse processo de consumo abusivo de alimentos, haver um descontrole na sensação de saciedade, consequentimente no controle do apetite, assim como alterações significativas em enzimas responsáveis pelo gasto energético proporcionando dificuldade de emagrecer e facilidade no ganho de peso para o resto da vida'. É importante que você, como pai ou responsável não ceda a chantagens, nem queira utilizar alimentos como forma de compensar o tempo fora de casa, como forma de fazer carinho.
Ë preciso insistir,oferecer inúmeras vezes um mesmo tipo de alimento até que a criança não faça mais cara feia e se acostume. Não apresente pro seu filho hábitos e alimentos que não sejam saudáveis, todos estes alimentos costumam ser gordurosos e tendem sempre a ser mais aceitos. Se nem todas crianças gostam de comer muito, todas elas adoram devorar o que faz mal, tudo que é pobre em nutrientes e rico em substâncias que quando em excesso, fazem mal à saúde além de promover ganho inadequado de peso.
O que tem faltado na alimentação de nossas crianças? a revista nos traz que fibras, vitamina D, cálcio e vitamina E (revista traz as fontes de cada uma das vitaminas) e sobra o sódio, encontrado em sal de cozinha, queijos salgadinhos, batata-frita e biscoitos recheados.
A revista traz também, um teste simples para verificar se o seu filho está obeso, por isso se puder, de uma lida na íntegra e fique sempre de olhos abertos, a obesidade muito mais que um problema estético é um problema de saúde, mesmo nas nossas crianças!
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