24 de maio de 2010

SLOW FOOD

    Comer é fundamental para viver. A forma como nos alimentamos tem profunda influência no que nos rodeia - na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. Para um verdadeiro gastrônomo é impossível ignorar as fortes relações entre prato e planeta. Além disso, melhorar a qualidade da nossa alimentação e arranjar tempo para a saborear, é uma forma simples de tornar o nosso cotidiano mais prazeroso. Esta é a filosofia do slow food. Na semana passada, tive o prazer de participar de encontros com a psicóloga Denise Amon que debateu sobre alimentação e as práticas no cotidiano e foi isso que impulsionou minha curiosidade e vontade de postar no blog sobre este movimento, que nasceem resposta (ou melhor, oposição) ao tãooo mais difundido: Fast Food.
    O Slow Food foi fundado em 1986 pelo italiano Carlo Petrini e em 1989 tornou-se uma associação internacional sem fins lucrativos. Atualmente conta com mais de 100.000 membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, e apoiadores em 132 países.
    O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores. O Slow Food opõe-se ao movimento de padronização da alimentação no mundo e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, se tornando co-produtores daqueles alimentos que consomem. O movimento busca conjugar o prazer e a alimentação com consciência e responsabilidade. As atividades da associação visam defender a biodiversidade na cadeia de distribuição alimentar, difundir a educação do gosto e aproximar os produtores dos consumidores.
    Na percepção do movimento, o alimento deve ser BOM, LIMPO e JUSTO. O alimento que comemos teve ter bom sabor, deve ser cultivado de maneira limpa sem prejudicar nossa saúde, o ambiente ou os animais; e os produtores devem receber o que é justo pelo seu trabalho. Seríamos como co-produtores, não somente consumidores, pois tendo informação de como nossos alimentos são produzidos e apoiando efetivamente os produtores, nos tornamos também responsáveis pelo processo de produção.
Para os que se interessarem por maiores informações sugiro visitarem a página e baixarem o manual do slow food. Devorem-o, mas com calma...

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