Lendo hoje pela manhã a Zero Hora -cujo o caderno Vida costuma me ser de particular interesse- me deparei com um tema que fez meus olhos brilharem: De mal com o espelho, tratando da dismorfia corporal, da aversão a própria aparência. A reportagem está muito interessante e acessível inclusive a leigos, com opiniões de psiquiatras, psicólogos e até mesmo depoimento de pacientes que enfrentam a dificuldade de encarar o espelho.
No entanto, e como não poderia deixar de ser, a parte que mais me chama atenção é aquela que se refere aos transtornos alimentares especificamente. Vale colocar, que a dismorfia corporal é uma preocupação exagerada ( e na maior parte das vezes não fundamentada) com a beleza. Uma preocupação que vai além dos limites normais e que não atrapalhariam a vida dos indivíduos. Normalmente a ênfase se dá a algum defeito específico podendo ser no rosto ou no corpo. Pessoas com dismorfia corporal tendem a se olha de maneira extremamente negativa o que pode inclusive no futuro promover isolamento social. Estes pacientes valorizam no extremo, pequenos defeitos que são comuns a todos seres humanos. Parte destas pessoas evitam sair de casa outras recorrem a cirurgias plásticas de forma compulsiva.
"Puxando a brasa para o meu assado", nos transtornos alimentares, seja nos casos extremos de anorexia ou por exemplo, vigorexia, o que se dá é justamente uma distorção da imagem corporal. Aquele indivíduo com anorexia, embora extremamente magro e esquálido, ao se deparar com o espelho se ve gordo, com locais específicos bastante aumentados. O paciente com vigorexia malha, malha e embora esteja repleto de músculos aos olhos de todos, no espelho se ve esquálido e emagrecido. Dificil é para nós, entendermos como se dá este processo onde há uma grande distorção e o grande vira pequeno e o pequeno ,grande. As causas são múltiplas e algumas ainda de certa forma obscuras é por isso que o tratamento faz-se importante.
Fica bem claro com essa reportagem que a briga com o espelho pode ir além de níveis toleráveis e saudáveis, chegando a extremos com prejuízo psicológico e na vida social do indivíduo. Não permita que se cheguem a extremos, procure antes disso ajuda e evite que o espelho se torne um inimigo seja do seu corpo, das suas gordurinhas localizadas ou das pequenas rugas comuns à todo ser humano.
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