26 de julho de 2010

Sou 12 por 8!

     Considerando o número crescente de pessoas hipertensas no Brasil é bastante entendível a preocupação do Governo Federal e da Sociedade Brasileira de Cardiologia que lançaram a campanha: "eu sou 12 por 8". Eu, como nutricionista, e no papel de promotora de saúde não poderia deixar de postar a respeito mesmo indo de encontro a um post que fiz algumas semanas atrás. Resolvi trazer para cá, o texto que li neste sábado no caderno Vida na Zero Hora aonde foi dado bastante ênfase ao assunto. O título do tema é ainda mais claro: a ordem é reduzir! O que se sabe que esta preocupação com o excesso de sal é ainda maior aqui no nosso estado ,onde estudos demonstram o maior consumo de sódio do país, muito em função também, do consumo excessivo de carnes.
A ORDEM É REDUZIR
"O hábito de dar uma salgadinha a mais na comida tem de acabar. Com a campanha Eu Sou 12 por 8, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) quer reduzir drasticamente o consumo de sal no Brasil. O ideal, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde, é usar, no máximo, cinco gramas por dia, o mesmo que uma colher rasa de chá. Parece pouco, mas pesquisas mostram que os brasileiros têm consumido uma média de 12 a 18 gramas diárias.
     O perigo do sal em excesso nem sempre é perceptível. Para se ter uma ideia do que cinco gramas do produto significam na prática, um pão francês tem, em média, 1,5 grama, e uma salsicha chega a 2,5 gramas. Basta um cachorro-quente, portanto, para atingir a meta. O problema é que a maior parte das pessoas não para por aí.
- Precisamos trabalhar na prevenção. Senão, em 2050 teremos 100 milhões de habitantes com mais de 50 anos doentes, o que sairá caro para os cofres públicos – justifica o médico Carlos Alberto Machado, coordenador de Ações Sociais da SBC.
      A arma para combater o consumo excessivo é a informação. O grande entrave é que é quase impossível, para um leigo, decifrar a quantidade de cloreto de sódio (sal de cozinha) descrita nas tabelas nutricionais dos alimentos industrializados, onde a apresentação não vem em gramas de sal, mas em miligramas de sódio.
     Uma pesquisa da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, realizada com hipertensos atendidos no Hospital Dante Pazzanese, constatou que 93% deles simplesmente desconheciam a diferença entre as duas substâncias. Para elucidar a questão, seria necessário fazer uma conversão matemática: 400 miligramas de sódio equivalem a um grama de sal. Então, cinco gramas de sal são 2 mil miligramas de sódio.
     Para facilitar a vida dos consumidores e garantir que a população entenda a quantidade exata de sal contida nos alimentos, a SBC pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma mudança nos rótulos dos alimentos industrializados, alterando o termo cloreto de sódio pelo nome popular.
    Apesar disso, os médicos reconhecem que os mudar hábitos não será tarefa fácil – principalmente em Estados como o Rio Grande do Sul, uma das regiões do Brasil onde mais se salga a comida, segundo o cardiologista Domingos Vitola, professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e médico do Instituto de Cardiologia. O churrasco é um dos vilões, mas não o único:
– A maioria das pessoas é acostumada, desde cedo, a comer refeições com muito sal, e depois tem dificuldade para mudar. Além do churrasco, temos o carreteiro. Sem contar que, no inverno, o clima contribui para que se opte por comidas calóricas, muitas vezes excessivamente salgadas."
Abra seu olho e reduza o máximo que puder, assim como o açúcar, o sódio é também vilão!



19 de julho de 2010

ALIMENTOS DIET X LIGHT

     Ë mais comum do que imaginamos a dúvida quanto as diferenças entre estes dois tipos de alimentos e o que mais vejo são pessoas, muitas vezes desinformadas, "comprando gato como lebre", pagando mais caro por alimentos que não se designam para tal finalidade. Ë importante ressaltar, e faz tempo que quero postar sobre isso, que alimentos light e diet são produzidos e devem ser consumidos para finalidades bastante diferentes. Vou tentar aqui, esclarecer as diferenças entre eles para que você possa então, ao ir no supermercado comprar o produto certo evitando inclusive possíveis problemas posteriores.
Alimentos Diet: são aqueles que apresentam exclusão de um determinado componente. O termo só pode ser aplicado a alimentos destinados a dietas com restrição de nutrientes, como carboidrato, gordura, proteína ou sódio. Um chocolate diet, por exemplo, não contém açúcar. Já uma bebida diet deve possuir um teor de açúcar menor que 0,5g/100ml - esse limite pode ser maior nos refrigerantes dietéticos em que é adicionado suco de fruta. Os consumidores de produtos diet normalmente apresentam condições metabólicas ou fisiológicas específicas. Precisam de alimentos especialmente formulados, que eliminam ou substituem algum componente como o açúcar (diabéticos), glúten (celíacos) e o sal (hipertensos).
     É comum produtos diet serem associados a emagrecimento, mas muitas vezes o valor energético não é menor do que o de produtos convencionais. Pode até ser maior pois são necessárias substituições para manter a palatabilidade dos alimentos. O chocolate diet não contém açúcar, mas é gorduroso e calórico – mais que o similar não diet. Em outros casos, o nutriente eliminado (sódio ou proteína, por exemplo) pode não interferir na quantidade de calorias.
Alimentos Light: O termo light pode ser utilizado em produtos que tenham baixo ou reduzido valor energético ou valor nutricional. Os alimentos light devem ter no máximo 40kcal/100g em produtos sólidos. No caso de bebidas, a proporção é de até 20kcal/100ml ou a redução mínima de 25% em termos de calorias, em comparação com produtos similares convencionais. O produto ao qual o alimento é comparado deve ser indicado no rótulo. Os produtos light devem ser consumidos por pessoas saudáveis que buscam produtos com menos calorias ou com quantidade reduzida de algum nutriente, em comparação com o mesmo alimento em sua fórmula convencional. Esses alimentos são recomendados, por exemplo, em dietas para perder peso. No entanto, é importante colocar que produtos light só ajudam a perder peso caso haja diminuição significativa no teor de algum nutriente energético. No entanto, o consumo em excesso de um produto que contém menos calorias em relação ao original pode encadear a ingestão de uma quantidade igual ou até maior de calorias, comparada ao consumo moderado de algo não-light.
Como brevemente pude relatar, as diferenças entre os dois tipos de produtos são muitas e eles "nasceram"com finalidades bastante diferentes portanto, se você é diabético, hipertenso, celíaco ou intolerante a lactose opte por alimentos diet com restrição do nutriente que você não pode ingerir. Se você não apresenta nenhuma restrição específica e só deseja perder alguns quilos, escolha os alimentos Light (embora o uso em excesso não tenha sido associado a uma maior perda de peso, conforme em breve postarei).
 Use-os mas para aquilo que realmente eles podem te ajudar!! leia rótulos e fique atento, nem tudo o que reluz é ouro já dizia o velho ditado....

9 de julho de 2010

Curso TRANSTORNOS ALIMENTARES E OBESIDADE 2

Para os interessados em transtornos alimentares, recomendo! Terá abordagem de anorexia, bulimia e obesidade, entre outros transtornos alimentares!

7 de julho de 2010

Enjôo na Gestação


                                                        
     Conforme anteriormente já escrevemos aqui no Blog, a gestação é um período da vida da mulher que necessita ser avaliado com especial atenção.
     Com o inicio da gestação, o sistema imunológico e metabólico da mãe sofrem importantes alterações. Uma delas é hormonal, que desencadeia boa parte dos sintomas, como por exemplo alteração no sistema olfativo, que fica muito mais sucetível a cheiros, agradáveis ou repulsivos, causando o enjoo. Outras razões podem ser: alteração da pressão arterial, alimentação erronea, automedicação ou até mesmo um desalinhamento da coluna vertebral. Sabe-se que os diversos sintomas consequentes da gestação podem ser responsáveis pelas escolhas e pelo padrão alimentar que a gestante irá seguir ao longo da sua gestação. Nesta postagem, optei por falar dos enjoos na gestação, visto  que é um dos sintomas que primeiramente manifesta-se.
     Os enjôos são chamados cientificamente como êmese gravídica, popularmente chamado de enjoo matinal- quando na verdade pode ocorrer durante todo dia. Como anteriormente falamos, não é recomendado que gestantes percam peso ao longo da gestação, no entanto, estes enjoos, predominantemente presentes no primeiro trimestre gestacional (14 semanas) pode ser responsável por fazer que as gestantes emagrecem por inapetência. Alimentos doces, muito temperados ou com cheiros fortes tendem a ser o primeiro alvo de repulsa.
     Muitas vezes o consumo alimentar neste primeiro momento não constuma ser o prescrito, as quantidades tendem a ser menores e as gestantes muitas vezes comem realmente por obrigaçao. Mesmo aquelas que antes de engravidar gostavam de comer e comer alimentos calóricos e gordurosos, deixam, na maior parte dos casos, de assim o fazer. Por sorte e inteligência do nosso organismo, neste primeiro trimestre, o feto utiliza-se de reservas corporais da mãe, fazendo com que a inapetência e menor consumo de alimentos não influencie o desenvolvimento deste.
     Os enjoos podem ou não, ser acompanhados de vômitos mas sabe-se hoje em dia que alimentos específicos podem auxiliar na reduçao destes enjôos e permitir por exemplo, que a gestante consiga alimentar-se de forma suficiente e saúdavel, por isso, procure uma nutricionista e esclareça sobre possíveis mudanças a serem feitas na sua alimentação ou 'hábitos que possam ser alterados para "animar"o seu apetite ( para aquilo que realmente for importante e indispensável na sua alimentação). 
Cuide da sua barriga!