24 de agosto de 2009

OBSESSÃO POR PRODUTOS SAUDÁVEIS : ORTOREXIA

Algumas pessoas fazem do centro de suas vidas o cardápio. Rejeitam qualquer alimento que não seja natural, puro, saudável ou controlado. Isso é causado por um transtorno alimentar capaz de deteriorar a saúde tanto física como mental; a ortorexia, obsessão em manter uma dieta saudável que pode causar o efeito contrário, uma alimentação desequilibrada. Os ortoréxicos, rejeitam não apenas os alimentos que engordam ou têm toxinas, mas também aqueles cultivados com adubos e herbicidas, mas os que possuem substâncias artificiais; seu lema é: "nada de gorduras, carnes, alimentos transgênicos, comidas enlatadas, pré-prontas ou com aditivos, lácteos, farinhas, refrescos, cafeína e substâncias químicas!". A obsessão por uma alimentação saudável não se restringe ao alimento, mas também a maneira de preparo e recipientes utilizados; dedicam uma hora para examinar o que vão comer, lêem minuciosamente os rótulos daquilo que compram, comem e cozinham sozinhos por não confiar em restaurantes e mastigam dezenas de vezes antes de engolir. Essa dedicação consome cada vez mais tempo para elaborar menus e pretos e diminui cada vez mais o tempo para sair e se divertir. A obsessão pelo consumo de alimentos saudáveis deixou as academias de ginástica para se tornar nome de doença: a "ortorexia", segundo os psicólogos e nutricionistas, afeta 2% da população de países como os Estados Unidos. A ortorexia é um "fenômeno crescente". Com o tempo, ela pode ser equiparada a outros problemas de saúde, como a anorexia, a bulimia ou a obesidade. Ele recomendou medidas preventivas para deter o seu crescimento, entre elas a educação desde a infância com hábitos alimentícios saudáveis. Quanto mais "severa" for a obsessão, mais alimentos básicos forem excluídos da dieta, continuou o analista. A ortorexia pode resultar em desnutrição, anemia, perda de massa óssea, carências de vitaminas e minerais, fraqueza e um alto risco de infecções. Alguns dos sintomas da doença, disse à Efe a psicóloga clínica Elena Borges, são "passar horas no supermercado" lendo a composição dos alimentos e comprar unicamente os orgânicos, macrobióticos, dietéticos, integrais, sem aditivos, e com garantias de que não contêm conservantes, pesticidas nem herbicidas. Os principais sintomas seriam; dedicar grande parte do dia a decidir meticulosamente o que se vai comer, evitar reuniões sociais e jantares para não "cair na tentação" de ingerir outro tipo de produto, pesar os alimentos e sentir "grande culpa se quebrar as regras" são indícios preocupantes. A falta de auto-estima e o medo do fracasso são outros condicionantes que acompanham os pacientes. Os especialistas apontam outros fatores que desencadearam a tendência. O culto ao corpo e a publicidade de produtos supostamente saudáveis ou enriquecidos estão entre os mais importantes. O ortoréxico se "enche" de produtos funcionais com o objetivo de ficar saudável. Porém, deixa de consumir "80% de outros que são mais saudáveis e básicos para o organismo". Os doentes, em muitos casos "hipocondríacos e excessivamente rígidos em seus comportamentos", acabam acumulando algumas substâncias em excesso, enquanto carecem de outras fundamentais. Nos Estados Unidos, cujas tendências são difundidas para o resto do mundo, ganharam força as campanhas sobre o problema dos alimentos geneticamente modificados e a ameaça de doenças como a da "vaca louca". O país hoje tem o maior número de supermercados ecológicos do planeta.

18 de agosto de 2009

EXAMES LABORATORIAIS


Desde 1991, conforme a Lei 8.234, fica disponível a solicitação de exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico pelo nutricionista. Após sofrer reformulações, foi estipulado pela Resolução No 306 de 2003 os critérios para os nutricionistas solicitarem tais exames:
Artigo I: compete ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais necessários à avaliação, prescrição e evolução nutricional do paciente;
•Artigo Único II: considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da equipe multidisciplinar, definindo com estes, sempre que pertinente, outros exames laboratoriais;
•Artigo V: solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham sido aprovadas cientificamente.
Estes exames são utilizados como exames complementares para o diagnóstico nutricional mais preciso e são assim considerados como complementares pois apenas podem confirmar deficiências observadas através de sinais clínicos, ou da avaliação dietética, antropométrica, porém por si só não comprovam deficiência nutricional. No entanto, embora caiba ao nutricionista solicitar estes exames, os planos de saúde em sua maioria não os cobrem, exceto para aqueles profissionais vinculados a estes planos. Mesmo com esta dificuldade, é de extrema importância que sejam solicitados estes exames, que podem variar de acordo com o que se pretende verificar, diagnosticar ou de acordo com a doença que o paciente apresenta. Somente utilizand0-se destes exames é que o nutricionista poderá ter uma avaliação mais precisa. É importante que cada pessoa, independente de apresentar doença ou não faça a cada seis meses pelo menos os exames básicos para controle: colesterol total, HDL, LDL, relação colesterol total/HDL, glicose e triglicérides.



12 de agosto de 2009

ANTROPOMETRIA



A antropometria são métodos utilizados para avaliação nutricional que incluem avaliação das dimensões físicas e da composição global do corpo. Ë o método isolado mais utilizado para tal finalidade. Entre tais métodos, podemos destacar o peso, a altura ou comprimento (no caso de crianças até dois anos) , circunferências corporais (abdominal. da cintura, do quadril, perímetro cefálico, circunferência do braço...)e dobras cutâneas. Estes métodos são bastante utilizados pela praticidade de execução, baixo custo de realização e pelo fato de nao causarem quaisquer danos aos pacientes. Estes valores de peso, estatura , muitas vezes são erroneamentes utilizados como diagnóstico nutricional. No entanto, isoladamente estes métodos não têm este poder, eles devem ser sempre utilizados com cautela, tendo valia somente para estudos populacionais, como uma atitude de vigilância. Os métodos antropométricos isoladamente não indentificam carências nutricionais específicas, sempre havendo a necessidade de exames complementares. Portanto cuidado, sempre que for dado um diagnóstico nutricional usando-se somente estes parâmetros, as chances de haver erros são muito grandes e o baixo peso, por exemplo, pode nãqo significar uma má ou baixa nutrição. É importante que antes de qualquer diagnóstico, o profissional utilize-se de todos os métodos que lhe são disponíveis (desde exames bioquímicos até anamnese nutricional) para um melhor interpretação dos achados e consequente prescrição mais específica de tratamento.

5 de agosto de 2009

INTERAÇÃO DROGA- NUTRIENTE



Ocorre quando há um desequilíbrio de nutrientes por ação de um medicamento, ou quando um efeito farmacológico é alterado pela ingestão de nutrientes ou pelo estado nutricional do paciente.
Em nosso corpo, os medicamentos e os nutrientes percorrem o mesmo caminho de absorção e metabolização, o que propicia possíveis interações. A interação pode ser do alimento no medicamento ou do medicamento nos nutrientes, sendo uma via de mão- dupla. Os alimentos podem interferir na ação dos medicamentos de diversas maneiras, sendo o mais comum influenciar na absorção dos medicamentos. Os nutrientes ou os componentes do alimento podem interferir no metabolismo do remédio, ou no modo como ele é decomposto no organismo. Por fim, os medicamentos podem afetar o modo como o organismo elimina os medicamentos.
Alguns medicamentos interferem na absorção de nutrientes podendo afetar o uso ou a eliminação de nutrientes pelo organismo. O infinito número de fontes alimentares de nutrientes e o número crescente de medicamentos aumenta a probabilidade de efeitos indesejáveis entre eles. É importante colocar que embora todos pacientes possam sofrer esse tipo de interação, idosos, imunodeprimidos e pacientes criticamente doentes são mais sujeitos, bem como pacientes recebendo dieta via enteral e o reconhecimento destas interações é essencial no cuidado de um paciente. Sua significância clínica e ocorrência vão depender: da quantidade usada do fármaco, quantidade do consumo do alimento, idade, sexo, estado clínico e físico do paciente, uso de dietas especiais e de suplementos nutricionais. Para isso é importante que você informe ao nutricionista todos os remédios que faz uso contínuo e leia sempre bulas de medicamentos para evitar certas carências nutricionais e diminuição ou exacerbação do efeito farmacológico.