13 de junho de 2011

JEJUM: quanto mais, melhor?

     Quanto menos comermos mais emagreceremos,correto? Muitos podem pensar que sim mas minha resposta é NÃO! Ao contrário do que se imagina há um limite mínimo que devemos consumir ao longo do dia no que diz respeito a calorias, macro e micronutrientes e mesmo tendo a impressão momentânea de menos peso o jejum é de fato algo pontual. Paciente com anorexia em especial tendem a acreditar mais fielmente nisso, orgulhando-se do famoso NF (no food) por horas, dias ou até conseguirem. Pretendo, de forma objetiva e simples, explicar o porquê do menos não ser mais quando tratamos de jejum.
     Costumo utilizar a metáfora com meus pacientes, que nosso corpo é um automóvel e como qualquer automóvel não é possível movimentar-se (nem desempenhar suas funções vitais) sem o seu combustível (no caso do corpo, o alimento). Quando o indivíduo passa mais do que 3-4 horas sem se alimentar, o corpo passa a poupar energia para que quando necessário haja reservas. Mais do que 8 horas sem alimentar-se o corpo entra em um estado de jejum e então é como se o corpo ficasse extremamente lento.
     Dois pontos são importantes de destacar-se, um deles é de que além de um metabolismo mais lento (que não "saberá"como metabolizar alimentos futuros de forma adequada), uma hora a fome aparecerá...e quando isso acontecer a ingestão alimentar tende a ser muito maior promovendo uma grande confusão metabólica e ao invés de emagrecer, o indivíduo tende a ganhar peso.
    Além do que, em processos prolongados de privação de energia, ao invés de consumir gordura como fonte de energia, o corpo tende a consumir tecidos mais fáceis de serem utilizados, tais como a massa muscular promovendo a perda de massa magra e musculatura. Milhares de estudos já demonstraram e ainda demonstram que jejum não ajuda no emagrecimento, o que ajuda é o quanto em cada uma das 5/ 6 refeições por dia os indivíduos consumirão. Portanto, procure uma nutricionista que avalie suas necessidades e possa com base nisso prescrever a quantidade adequada de energia para seu emagrecimento. Mas não cai na cilada, depois de um jejum as chances de uma compulsão são bastante aumentadas. Não compre gato como lebre...

6 de junho de 2011

CARBOIDRATO: vilão ou mocinho?

     
      Muitas pessoas acreditam que quanto menos carboidrato consumirem, mais saudáveis e magros ficarão.No entanto, as pesquisas que desenvolvem-se ao longo do tempo mostram que isso não é verdade. Os carboidratos ou hidratos de carbono são um grupo de alimentos energéticos e devem representar cerca de 45 a 65% das calorias totais diárias, seguidos pelo grupo de gorduras e proteínas. Escolher os carboidratos mais saudáveis é o que costumo sempre recomendar, principalmente aqueles com grãos integrais que acabam sendo uma importante fonte de fibra, vitaminas, minerais e substâncias antioxidantes.
     O que pode representar um problema é a quantidade consumida de cada um dos grupos ou alimentos, não há melhor ou pior, há apenas quantidades recomendadas e que devem ser adequadamente supridas. Talvez tenha se generalizado ao longo dos anos, o problema que o aumento da glicose sanguínea em função de carboidratos simples em excesso podem causar à esse grupo como um todo, fazendo com que os tão deliciosos alimentos sejam sempre vistos como o vilão de todas a dietas. Consumindo excessivamente, óbvio que sim, caso contrário e sabendo fazer escolhas é um grupo extremamente ( e talvez o mais) necessário. Busque com a ajuda de um profissional saber o quanto seria recomendado por dia destes macronutrientes e dentre tantas opções escolha aquelas que são mais saudáveis e adequadas e que colocarão os carboidratos, não como vilões mas sim como mocinhos...
     Chamo atenção para a imagem abaixo, aonde na base da pirâmide alimentar, os carboidratos representam a maior proporção de alimentos a serem consumidos, portando-se como a base da pirâmide.